
Por este motivo,
exortou aos fiéis a tomarem parte na atividade política de seus países. “Não
devemos ficar na defensiva”, com um testemunho de fé “limitado a assistência à
Eucaristia dominical”. Diante de uma cultura e uma política cada vez mais
contrárias à fé, “necessitamos mais católicos participando na sociedade”,
afirmou ao informativo Mittelbayerischen Zeitung.
A Igreja construiu a
Civilização Ocidental, em um trabalho de pelo menos oito longos séculos, do IV
ao XI, desde que os bárbaros começaram a dominar o Império Romano, porque os
Papas, bispos e monges souberam evangelizar os reis, príncipes, imperadores,
senhores feudais e reis de origem bárbara como Clóvis, Boris, Recaredo, etc. E
a Igreja atuou fortemente na vida política em todos os tempos para que a
Civilização fosse cristã. Mas hoje os cristãos estão afastados da política; por
isso, certamente temos visto tantas leis anti-católicas, tanta corrupção e
tanta imoralidade pública.
“Existem católicos
convencidos, trabalhando em todos os níveis da vida política”, expôs o
Arcebispo, como exemplo de que é possível e necessário harmonizar a Fé com o
serviço ao bem comum do Estado. O Cardeal convidou os fiéis a se candidatarem
para os cargos públicos e a participarem ativamente das eleições.
Sobre o mesmo assunto
já tem falado o Papa Bento XVI: “Reitero a necessidade e urgência de formação
evangélica e acompanhamento pastoral de uma nova geração de católicos
envolvidos na política, que sejam coerentes com a fé professada, que tenham
firmeza moral, capacidade de julgar, competência profissional e paixão pelo
serviço ao bem comum.”(Discurso ao CPL, Vaticano, 15 de novembro de 2008)
O Papa pediu aos
bispos que estimulem os fiéis leigos a “vencer todo espírito de fechamento,
distração e indiferença, e a participar em primeira pessoa na vida pública”,
para construir uma sociedade que respeite plenamente a dignidade humana. Bento
XVI insistiu na importância das “iniciativas de formação inspiradas na doutrina
social da Igreja, para que quem esteja chamado a responsabilidades políticas e
administrativas não seja vítima da tentação de explorar sua posição por
interesses pessoais ou por sede de poder”. (ROMA, 26 de maio de 2011 ZENIT.org)
O Concílio Vaticano
II, há 50 anos, já tinha dito que: “A Igreja considera digno de louvor e
consideração o trabalho daqueles que se dedicam ao bem da coisa pública a
serviço dos homens e assumem os trabalhos deste cargo.” (Gaudium et Spes, 75).
Para resgatar os
valores cristãos da Civilização Ocidental, a Igreja precisa vencer o medo, sair
da defensiva, e levar os seus filhos a retomarem o papel sagrado na política.
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