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Mandela: Conferência Episcopal da África do Sul destaca «inspiração» e «liderança» de antigo presidente.



Lisboa, 06 dez 2013 (Ecclesia) – A Conferência Episcopal da África do Sul manifestou a sua “profunda tristeza” pela morte de Nelson Mandela, antigo presidente do país e Prémio Nobel da Paz, elogiando a sua “liderança” na reconciliação da nação.
“A Igreja Católica manifesta a sua gratidão a uTata Mandela pelo sacrifício que fez por todos os povos da África do Sul e pela liderança e inspiração que ofereceu ao liderar-nos no caminho para a reconciliação”, escreve D. Stephen Brislin, arcebispo da Cidade do Cabo e presidente do organismo episcopal, numa nota de condolências.
O documento sublinha que Mandela, falecido esta quinta-feira aos 95 anos de idade, “nunca abdicou dos seus princípios e visão” na construção de uma África do Sul “democrática e justa”, com oportunidades iguais para todos, “mesmo com o grande custo da sua própria liberdade”.
“Apesar do grande sofrimento ao longo da sua vida, ele nunca respondeu ao racismo com racismo”, acrescenta o prelado.
D. Stephen Brislin recordou que quando Mandela foi libertado em fevereiro de 1990 o país se encontrava em “tumulto” e havia “sangue derramado quase diariamente”.
“Através da sua liderança nesse tempo, reforçada quando se tornou presidente em 1994, liderou o país no caminho da reconciliação e da paz, pedindo a todos os sul-africanos que atirassem as armas de destruição ao mar. Por isso, estaremos sempre em dívida para com ele”, sublinha o presidente da Conferência Episcopal da África do Sul.
Nelson Mandela foi presidente da África do Sul entre 1994 e 1999, após liderar as negociações para o fim do Apartheid, uma luta que lhe valeu mais de 27 anos na cadeia e que seria reconhecida com o Nobel da Paz, em 1993, juntamente com o antigo presidente Frederik Willem de Klerk.
“A melhor maneira de prestar tributo à vida de Nelson Mandela é lutar pelos ideais que ele acarinhou: liberdade, igualdade e democracia”, refere a mensagem da Conferência Episcopal da África do Sul.
OC

Um comentário:

  1. Mandela e seu partido, o Congresso Nacional Africano (CNA), por décadas têm uma relação muito próxima ao Partido Comunista da África do Sul, que, como é corriqueiro entre os esquerdistas, encara o aborto como direito da mulher, sem, claro, fazer qualquer referência à humanidade do bebê em gestação. Eis um trecho do posicionamento deste partido em relação ao assunto:
    "O Partido Comunista da África do Sul acredita que toda mulher tem direito ao controle sobre seu próprio corpo e também direito a tomar decisões independentes sobre sua vida reprodutiva. Somado a isto, toda mulher deveria ter o direito a escolher se ou não deseja terminar uma gravidez."
    Já Mandela, que sempre direcionou politicamente o ANC, deu a seguinte declaração sobre o aborto:
    "As mulheres têm o direito de decidir o que querem fazer com seus corpos."
    Tanto a declaração do Partido Comunista Sul-Africano como as palavras de Nelson Mandela reverberam o discurso do abortismo internacional, que se lixa para os "corpos" dos nascituros, seres humanos como qualquer um de nós.
    Mas Mandela não ficou apenas nas palavras... Após ganhar a histórica eleição na qual foi eleito presidente em 1994, Mandela e seu então ministro da Saúde, Nkosazana Dlamini-Zuma, apresentaram ao parlamento de seu país um projeto de legislação, posteriormente aprovado, que tornou a legislação sul-africana relacionada ao aborto uma das mais liberais do mundo. Adicionado a isto, Mandela, seu partido e coligados tiveram um preponderante papel na confecção da nova constituição sul-africana, por ele assinada em 1996, que deu relevante papel aos "direitos reprodutivos", um conhecido eufemismo para abortos, esterilizações, etc.
    Para se ter uma idéia da liberalidade da legislação introduzida por Mandela, até 12 semanas de gestação nem mesmo é necessário um médico para fazer o procedimento, sequer uma enfermeira, bastando para tanto uma simples parteira. Mais um detalhe: o acesso ao aborto é garantido para mulheres de qualquer idade, mesmo menores. Resultado disto? O número de abortos na África do Sul teve um aumento gigantesco enquanto que, bem ao contrário do que previam os abortistas, também o número de mortes maternas teve aumento.
    Esta é a obra de Nelson Mandela em relação aos seres humanos mais fragilizados que estão entre nós, os não-nascidos. Suas ações tiveram, têm e terão um efeito desastroso para seu país e para a humanidade em geral. Se muitas mulheres se vêem pressionadas e em momento de desespero e falta de perspectiva recorrem ao aborto, é exatamente esta mulher que deveria ser amparada pela sociedade. E são políticos como Nelson Mandela, que têm os instrumentos para minimizar este drama e escolhem não agir assim, preferindo muito mais o caminho fácil dos tais "direitos reprodutivos" enquanto lavam as mãos pelo sangue derramado dos inocentes, qual um Pilatos do mundo pós-mo

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