"O debate sobre o aborto muitas vezes é jogado no gueto das questões meramente religiosas, as quais, num Estado Laico, não poderiam ser sustentadas. No entanto, isto é um engano, pois o centro do debate é a questão da vida, objeto da ciência, mais especificamente da Biologia. Com o desenvolvimento da tecnologia do ultrassom foi possível se constatar que a criança no ventre da mulher é um ser vivo, em desenvolvimento, dependente da mãe para sua nutrição, mas totalmente diferenciado dela. Tem a sua própria carga genética, irrepetível, estabelecida já na sua concepção. Textos modernos sobre Embriologia confirmam isto: “Um zigoto é o início de um novo ser humano (isto é, um embrião).” Keith L. Moore, “O Desenvolvimento Humano: Embriologia Clinicamente Orientada”, 7 ª edição. Filadélfia, PA: Saunders,2003. pg. 16, 2.
Um dos argumentos mais usados atualmente é que o aborto na verdade seria uma questão de saúde pública, devido ao alto número de mortes de mulheres por conta de abortos clandestinos. Fora alegado recentemente na ONU que 200 mil mulheres morriam anualmente por conta disto, contrariando os dados do próprio governo brasileiro, segundo o DataSUS, que, em 2010, apenas 83 mulheres teriam tido mortes decorrentes de abortos. Ainda que os números sejam exagerados pelos defensores do aborto, certamente deve-se prezar pela saúde de todas as mulheres e as medidas mais apropriadas a isto seria o fechamento destas clínicas clandestinas e o oferecimento de um bom acompanhamento pré-natal. Além do mais todo aborto é fatal para a saúde da criança que está no ventre da mãe, por isso nunca poderia ser encarado como questão de saúde pública.
Outra falácia para aqueles que defendem o aborto é dizer que este fará bem a mulher, quando na verdade muito a prejudicará, principalmente em sua saúde. Em artigo publicado em setembro de 2011 no British Journal of Psychiatry ficou evidenciado o risco de doenças mentais que são 81% maior nas mulheres que realizaram aborto legal em seus países, em comparação com as que nunca fizeram aborto. O que melhor pode favorecer a mulher, portanto, são políticas públicas que lhe proporcionem uma boa assistência em sua gestação e em seu parto, preservando a vida de seu bebê e a sua própria vida."
Postagem de:
Karla Cruz
Membro do Movida e do Movimento Brasil sem Aborto
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